O livro consiste de uma apresentação e três capítulos, nos quais a autora divide Letramento como verbete, texto didático e ensaio.
No primeiro capítulo Letramento em verbete, Soares realça que seu público alvo é o leitor-professor. Relata sobre a palavra letramento como uma palavra recém chegada ao vocabulário de Educação e Lingüística. Fala do alfabetismo e analfabetismo mostrando a diferença entre alfabetismo e letramento. Cita que no Aurélio encontramos analfabetismo “estado ou condição de analfabeto” alfabetizar “ensinar a ler” alfabetizado “aquele que sabe ler e escrever”, letrado “versado em letras, erudito”, sendo que no mesmo dicionário não se encontra a palavra letramento. Ainda, no capítulo 1, a autora escreve sobre a origem do letramento. Segundo ela a palavra foi traduzida do inglês literacy, que etimologicamente vem do latim littera (letra), com sufixo-cy, que denota qualidade, condição, estado, fato de ser. Ou seja, condição que assume aquele que aprende a ler e escrever. Implícito neste conceito temos a idéia de que a escrita traz conseqüências sociais, culturais, políticas, econômicas, cognitivas lingüística, tanto para o grupo social ou para o indivíduo que aprende a usá-la.
No segundo capítulo, Letramento em texto didático, a autora refere que seu público alvo é o professor – leitor - estudante. Nesse capítulo, a autora faz referência entre como distinguir se o indivíduo é letrado, concluindo que há diferentes tipos de níveis de letramento, dependendo da necessidade, das demandas do indivíduo ao seu meio, do contexto social e cultural. A autora conclui que o fato de estarmos usando letramento já é um sinal que compreendemos que não somente importa ensinar a ler e escrever, mas acima de tudo levar o indivíduo a fazer uso da leitura e escrita, principalmente sobre a importância da leitura e a da dificuldade do acesso à mesma em países de 3º mundo.
No terceiro capítulo: Letramento em ensaio, A autora escreve sobre a importância de avaliar e medir o letramento, para que com esses dados se estabeleça e se criem políticas para controlar programas de alfabetização e letramento.
É letrada a pessoa que consegue tanto ler quanto escrever com compreensão uma frase simples e curta sobre sua vida cotidiana. É iletrada a pessoa que não consegue ler nem escrever com compreensão uma frase simples e curta sobre a sua vida cotidiana.
Portanto, a autora mostra a relevância de medir e avaliar letramento, num ambiente escolar e num contexto social. Para que justamente se criem soluções ao nível de letramento num contexto social e escolar.
Como podemos concluir esse livro é de grande importância para quem trabalha na área de alfabetização e letramento. O texto nos mostra letramento em três gêneros de discurso, no qual sem se tornar repetitiva a autora explora letramento e suas definições. Mostra que, apesar de encontramos dificuldade em definir letramento, devemos tentar conceituá-lo, para que possamos medi-lo e avaliá-lo, sendo esse procedimento importante para que tenhamos êxito no nosso letramento como contexto social, sendo esse de grande importância para nossa sociedade.
Referência:
• SOARES, M. Letramento: um tema em três gêneros. 2. ed. Belo Horizonte:
Autêntica, 1999.
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